2021 - Laivos | Ante improvisos e ressonâncias 

E depois? Depois, o silêncio...

"LAIVOS | Ante improvisos e ressonâncias" intitula um projeto processual, híbrido e de cariz experimental, onde a paisagem sonora, criação/manipulação de objectos, escultura e desenho são os mediums predominantemente invocados. O projecto consiste numa série de acontecimentos performativos de duração variável, em comum, as ações projetam-se como objetos efêmeros, permeáveis, mutáveis e em processo contínuo de pesquisa, quer sonora, visual ou instalativamente. Alimentam-se em torno da Presença como conceito basilar, pretexto poético e ou palavra-eco/chave. A Presença é, aqui em causa, revelada e tratada em modo pluri prisma, ao ser expandida na sua narrativa, pode até ser vista como inacessível e inatingível (ínvio).Importa reflectir e pôr em prática manifestações que intercepcionam o acto performativo com o estar aqui (?) e o estar agora (?), que aceitem e transformem as interferências, sejam elas de que natureza for, em matéria integrante do próprio ato de criar e por consequência o ato de performar. O lugar e o tempo mapeiam territórios férteis, alimentando e sugestionando a atenção de outros sentidos como o cheiro ou o toque, ou como o comungar e ritualizar do território performático/performer com a presença vivifica do público transeunte e/ou presente. O(s) acontecimento(s) podem ser vistos como celebrações ao ruído da existência ou como tentativas de simulacros da vida e do mundo, tendo em conta o poderoso direito de existir sem prerrogativas. São ações que se objectivam a expurgar, limpar, desmistificar e libertar de si e por si da tão presente Presença (estar sempre presente). O Vidro, Grafite, Alumínio, Barro, Madeira e Pano crú são alguns dos materiais/matérias a viver no decorrer do processo de pesquisa e criação. No decorrer do processo criativo, irá ser feito registo documental, oferecendo ao projeto a possibilidade de "viver" em outro tipo de plataformas que alimentam a sua existência, propagação e arquivo.

Um projeto de e com Flávio Rodrigues

Documentação (filme): Gustavo Dos Santos

Colaboração: Teatro Municipal do Porto - Rivoli; DevirCapa; CEA (Centro de experimentação artística); Lake Studios; Balleteatro; Marcenaria/carpintaria Ricardo e Bernardino Santos; Rua Gaivotas 6;

Apoio: República Portuguesa - Ministério da Cultura (Programa Garantir Cultura)


AGENDA

- Entre 6 e 28 de Janeiro + 15 a 19 de Fevereiro de 2021: Residência de criação e pesquisa em Teatro Municipal Rivoli - Foyer do Grande Auditório e Sala de ensaios (Porto);

- 19 a 21 de Março de 2021: Apresentação de Laivos | Ante improvisos e ressonâncias (Short Version) em Double Trouble 2 - Teatro Municipal do Porto Rivoli (Porto).

- 25 de Junho a 2 de Julho: Residência de criação e pesquisa em CEA (Centro de Experimentação Artística / Moita (Vale Da amoreira) - Apresentação informal no dia 2 de Julho às 19h;

- 7 de Julho às 19h: Apresentação em processo em Mira Artes Performativas (Porto Campanhã) com curadoria do Balleteatro;

- 10 de Outubro a 20 de Novembro de 2021  Residência de criação e pesquisa em Lake Studios (Berlim);


#1 Residência de criação, pesquisa e apresentação em TMP (Porto) - Programa Double Trouble - Janeiro/Fevereiro de 2021 

Fotografias de José Caldeira (TMP, Porto)


#2 Residência de criação, pesquisa e apresentação em CEA - Centro de experimentação Artística (Vale Da Amoreira) - Junho de 2021 

Fotografias de Sofia Figueiredo


#3 Residência de criação pesquisa em Balleteatro e apresentação em Mira Artes Performativas (Porto) - Julho de 2021

Programação: Balleteatro

Fotografias de Susana Neves


#4 Residência de criação pesquisa em Lake Studios (Berlim) - Outubro e Novembro de 2021

Fotografias de Maria Kousi


#5 residência de criação/pesquisa em Museu Bordalo Pinheiro (Lisboa), inserido no contexto da Segunda Edição Residências Artísticas;

Dispositivo e ação performativa que consiste numa breve coleção de materiais encontrados de forma intuitiva, quer em processos de caminhada ou de pesquisa/experimentações.
Figuras circulares e serpenteantes (aqui como referência às cobras presentes em pontuais cerâmicas produzidas em meados de 1890 por Bordalo Pinheiro) emergem como motivo elementar para uma composição que se deixa construir através de motivações dentro de territórios poéticos e abstratos.