2020 - Hodiernidade | e na anfibologia do Agora
Projeto de investigação em torno de figuras circulares e circunferênciais como conceito, estética, poética e território. Do processo emergem várias ramificações.
Projecto #1 - Julho 2020 / Apresentado no Contexto do Walk and Talk edição 9.5
ONLINE
ONSITE
Mural, 2X3m, tinta acrílica | Localização: Avenida do Mar, Junto à Etar da Pranchinha, São Roque, Ponta Delgada

Fotografia de Sara Pinheiro
Projecto #2 - Setembro 2020 / Apresentado no contexto do Family Film Project (Museu da FBAUP, Porto)
Uma circunferência de tijolos desenhada no solo, num espaço exterior com luz diurna. O performer surge e inicia o evento com o caminhar e no olhar o espaço e instalação. Paulatinamente o performer destrói, com um martelo, cada um dos tijolos, em seguimento e continuidade. Entre vez, ou quando necessário, o performer encerra os olhos. Em atenção está o que surge no pensamento (não visível) e o som produzido pela destruição (audível). No último tijolo surge um sino, a sonoridade da destruição é substituída pelo som do sino.


Fotografia de Pedro Figueiredo
Projecto #3 - Fevereiro 2021 / Residência de pesquisa e Open Studio em Espaço VAGA (Açores)


Fotografias e vídeo de Bruno Monfort


Projecto #5 - Reclamar tempo / Programa desenvolvido no CampusPCS, Porto

Video de João Fiadeiro e Fotografias de José Caldeira (a última) as restantes são de Flávio Rodrigues
Projecto #5 - Festival Walk&Talk (Açores), 2021
Hodiernidade | e na anfibologia do agora (Alegoria Do Choro)
Flávio Rodrigues tem uma prática multidisciplinar e de carácter experimental e processual, onde os projetos são partes integrantes de uma produção e construção autobiográfica e referencial. Tem-se interessado nas possibilidades que diferentes materiais introduzem na sua relação com o espaço e com o corpo. Talvez por isso a instalação cénica, a criação/manipulação de objetos, as esculturas e o desenho têm sido recorrentes. Nos seus últimos projetos tende a reparar o objeto como elementar à performatividade do construtor (performer), e é nesse seguimento, sentido e terreno que surge Hodiernidade | e na anfibologia do Agora (Alegoria do Choro).
Este projeto acontece na Pedreira do Grupo Marques, e é a especifi cidade desse lugar que alimenta a performance como evento único. É desenhado no solo um sistema circunferencial de pedras, e esse novo espaço de organização projeta e nutre ressonância (som) através do toque (corpo - mão). As pedras não lhe pertencem, não são gastas nem resultam como desperdício do ato. No seu diagrama poético de pensamento, o acontecimento revela-se, de pedra em pedra, amplificando o choro (ruído) como tragédia teatral, cedendo o microfone (voz) ao outro, em que não se contempla mas se é.

Fotografia de Álvaro Miranda
Fotografia de Sara Pinheiro
